Desde 1998, em meu primeiro trabalho na área de TI me acostumei a um ritmo de vida muito corrido, que me ajuda a realizar mais de uma coisa ao mesmo tempo, mas em compensação, mas que me trouxe certos problemas até que eu entendesse que nem todos são como eu.
Passei muito tempo trabalhando em um serviço de suporte por telefone onde tinha que ouvir o cliente no fone, pensar na solução e ao mesmo tempo registrar o chamado em um sistema eletrônico.
Isto me ajudou a ganhar agilidade ao digitar, mesmo sem ter feito nenhum curso especifico e também, a saber, lidar com mais de uma coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Passei por outras empresas e não me conformava quando um coordenador questionava que o que eu queria da equipe (o mesmo desempenho e velocidade que a minha) era impossível. Como isso, se eu há anos trabalhava desta forma?
Com o tempo fui amadurecendo e percebendo que nem todos têm esta forma de trabalhar, que nem todos conseguem ter vários papéis.
No trabalho isto é algo que me ajuda e muito. É verdade que às vezes fico extremamente cansado e desgastado mentalmente, mas não foram poucos momentos onde me peguei resolvendo algo por fone, por e-mail, MSN, trabalhando com dois, até três monitores e ainda lidando com alguém presencial.
Hoje ainda continuo com esta correria, a diferença está que apareceram novos “papéis” (DJ, professor, personal dancer) todos em conjunto com meu trabalho de informática.
Aprendi a não cobrar a mesma velocidade das outras pessoas. Confesso que fico feliz quando encontro alguém que tem o mesmo ritmo, o mesmo pique. É bom não sentir-se “sozinho” na multidão. Perceber que existem outras pessoas que também estão acostumadas a uma vida corrida, pessoas “30 horas” como o comercial do Itaú.
Mas o maior aprendizado disto é relacionado a não esperar que as outras pessoas sejam como eu. Cada um tem sua vida, seu ritmo. Tenho que agir, trabalhar e pensar como acho certo e me adaptar ao ritmo das outras pessoas, não o inverso.
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