Ontem (03-04-11) completei um mês da minha cirurgia para reconstruir os ligamentos do meu joelho. Um mês que começou de forma complicada logo após a cirurgia e nos primeiros dias de recuperação, de ansiedade e as dores normais de um pós-operatório.
Aos poucos a adaptação, o corpo aprendendo a lidar. A recuperação gradativa, ainda de muletas, o receio de voltar a colocar o pé no chão.
A frustração por perceber que algumas pessoas que considerava como próximas a mim sem ter me contatado, sem querer saber de como eu estava. A constatação de outras pessoas que ficaram preocupadas, que queriam saber como eu estava e querendo ajudar, seja com um telefonema, seja com carona, seja ajudando com itens materiais.
E a surpresa por receber o contato e preocupação de algumas pessoas que eu não esperava.
Essa força foi necessária para agüentar a fisioterapia, uma dor mais do que necessária. Ignorar a dor, vencer a preguiça, tentar manter o foco e não deixar de fazer o que é preciso para poder voltar às atividades de antes.
Encarar cada pequeno avanço como uma conquista. Desde o momento de poder voltar a tomar banho sem me preocupar com curativos, indo por deixar de sentir as dores que tanto atrapalharam minhas noites de sono, passando pelo abandono das muletas. Aos poucos começando a andar (e tendo que reaprender a fazer isso corretamente). E claro, poder ter voltado a tocar, mesmo com dificuldades.
Ainda falta muito para a recuperação plena. O tempo de fisioterapia e exercícios para que eu possa voltar a dançar, a jogar vôlei ainda é grande e a vida continua. Os outros problemas que tenho que resolver, a tensão e stress do dia a dia.
A ansiedade é grande. Se pudesse já voltava a minha vida normal amanhã, mas cada passo é complicado. O avanço é lento. Cada etapa precisa ser alcançada com dedicação e certa dose de sacrifício.
Mas a certeza é que tudo isso é visando algo melhor no futuro, é visando voltar a minha vida normal, mesmo não sendo mais “original de fábrica”.
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