Enquanto estivermos vivos estamos sujeitos a sofrer, a nos
machucar, a nos ferir.
Se uma ferida for grave o suficiente, não teremos mais
motivos para reclamar porque não estaremos mais vivos para sentir algo.
Claro que o impacto de cada ferida é impar. Às vezes nos
cortamos superficialmente e a recuperação é rápida, em outras vezes o corte é
profundo e precisamos repousar.
Em alguns momentos nos chateamos por conta de alguém e em
pouco tempo estamos recuperados. Em outros momentos demoramos mais para nos
recuperar de uma mágoa.
Não existe fórmula mágica, não existe regra nem conselho “pronto”
porque cada situação é diferenciada.
Nem mesmo aquela frase “eu sei o que você está passando” é
100% verdadeira, porque cada pessoa reage a uma mesma situação a sua maneira.
Falando sobre mim, tenho orgulho das minhas cicatrizes. Saber que existem marcas no corpo, na mente,
no coração e na alma.
Porque isto é sinal que vivi situações. Sinal que vivo
situações. Sinal que não tenho medo de continuar em frente e arriscar-me
novamente.
Fatos que moldam quem eu sou, o que quero e o que posso
oferecer. E a cada nova cicatriz um “Flavio”
mais consciente de si aparece. Um autoconhecimento benéfico a mim e a quem vive
ao meu lado.
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