Ignore o local. Pode ser um barzinho, um restaurante, uma
balada.
Apenas perceba estas duas pessoas. Acostumadas a conquistar,
acostumadas a seduzirem.
Cada qual com seus atrativos, com suas qualidades e acima de
tudo, com sua confiança.
Ela sendo cortejada, recebendo agrados e mimos. Ele recebendo
sorrisos, olhares e insinuações.
Até que a troca de olhares acontece. A sintonia imediata acontece, mas o que
acontece quando estamos
falando de dois “conquistadores”?
Um drink é oferecido por ele e aceito com um sorriso. Uma
música é cantada de forma insinuante , deixando no ar que a música é para ele,
que apenas ouve a música com atenção.
Táticas normais, que ambos estão acostumados a usar, com
sucesso, mas que nesta situação parecem não surtir o efeito desejado.
A confiança de ambos sendo colocada a prova. O poder de
sedução parecendo não existir. Ela agora
sentada próxima ao bar, inquieta, confusa. Ele sentado um pouco mais afastado,
sem saber o que fazer para se aproximar.
Acabam indo ao banheiro em momentos distintos e na volta
acabam se esbarrando. E não se vê nem sombra da pose de conquista de ambos. Ao
contrário, um pedido de desculpas por parte dele, um sorriso tímido por parte
dela.
Um pedido para sentar-se a mesa com ele. Uma conversa
animada, com afinidades em comum. Sem joguinhos, sem poses. Sem táticas. Apenas
um papo agradável e sincero, que acontece por horas e horas.
Ao fim da noite, a troca de telefones e a certeza de que vão
se rever em breve.
Cada um, em seu pensamento, pensando que perdeu a partida no
jogo de sedução. Cada um achando que foi “derrotado”, seduzido.
Sendo que na verdade o melhor resultado possível foi alcançado,
com este jogo acontecendo de forma tão intensa, com envolvimento mutuo. Com um
empate onde ambos saíram ganhando....
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