Fico feliz por me envolver tão facilmente com crianças.
Quem me conhece um pouco sabe o quanto gosto destas pessoas.
O quanto me deixo envolver.
Principalmente porque vejo nas crianças a valorização de
algo que procuro ter na minha vida. Da sinceridade, principalmente para com os
próprios sentimentos.
Criança não julga, não tem preconceito. Não se preocupa em
agradar. Se gosta, gosta e pronto. Não tem “porém”, não pensa “no que pode
ganhar conosco”. Nós, adultos, é que “estragamos” esta pureza.
Aprendi com meu pai que respeito é algo que se dá, que se
conquista. Não se impõe. E o fato de estar lidando com uma criança não muda
isto. Respeito da mesma forma que respeito um adulto, isso se não respeitar até
mais.
Amo meu afilhado. Tenho um carinho enorme por ele e sinto
falta quando ele fica um tempo longe. Voltar para casa, depois de ir à academia
ou dar um oi antes de ir trabalhar e ficar ali, batendo papo com alguém que mal
fala direito.
Ficar sem ação quando ele pede para ficar perto, só vendo
TV. Sem precisar brincar ou agradar, apenas querendo a minha presença por
perto.
Ter o contato de uma criança até então desconhecida, como
aconteceu no ano novo, e ficar com ela no colo, como se nos conhecêssemos há
anos. Como se fossemos bem próximos. Gostar até de ver a criança ter ciúmes e
querer minha atenção apenas para ela.
Ou até, para crianças um pouco maiores, poder dançar. E
dançar como se deve, apenas sentindo a música, passando todo o tempo sorrindo,
curtindo um momento único com uma pessoinha que não está pensando em aparecer,
em se mostrar. Que está pensando apenas em dançar.
Não sinto falta da minha infância. Digo isto, porque em
muitos momentos ainda sou uma criança e espero nunca deixar de ser...
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