Desejo, quero e preciso.
Mas não falo de um beijo qualquer. Não um beijo sem
sentimento. Beijar por beijar.
Minha boca anseia por tocar lábios macios. Do tipo que
envolva.
Mas não quero uma boca se uma pessoa sem sentimentos.
Quero um beijo envolvente. Que comece com a troca de
olhares, os sorrisos e a proximidade.
Com os lábios quase a se tocar, mas evitando o contato no
último instante. Quase que em tom de negativa, mas que acompanhados do olhar
mostrem que se trata de um “talvez”.
Mordidas de lábios, mãos que puxam delicadamente, mas firme.
Sem forçar, mas deixando clara a intenção.
Ambos envolvidos em um jogo. Ambos cedendo. Ambos
conquistando.
Um jogo sem perdedores. Um jogo em parceria.
Sem pensar no que nos cerca. Sem pensar em quem pode estar
olhando.
Um beijo que acontece quando praticamente já se pode sentir
os lábios um do outro. Beijo que começa lento, tímido de certa forma.
Conhecendo e desvendando. Mas aos poucos as amarras começam a se solta.
O beijo se torna mais quente. As mãos envolvem um ao outro.
O contato se torna cada vez mais necessário.
Desejos despertam. Vontades afloram.
Calor tomando conta. O ar começando a faltar, a respiração
mais difícil.
Mas o beijo tão gostoso, tão intenso, que nenhum dos dois pensa
em largar. Pensa em parar.
Quando o beijo termina, os olhares se cruzam. Nenhuma
palavra é dita. Nenhuma palavra precisa ser dita.
Apenas a certeza que aquele beijo, que pode nunca mais
acontecer ou pode se repetir pelo resto da vida foi único. Foi especial.....
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