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Olhares e sorrisos - parte final (talvez...)

Não passa muito tempo e você volta. E sou pego totalmente desprevenido.

- Espero ter acertado seu gosto – você diz, enquanto eu tento me recuperar.

Ali está você, parada na sala. Uma garrafa de vinho em uma das mãos, mas o que me chama atenção é você, que aparece sem minhas roupas, vestindo apenas uma lingerie que me deixa sem reação. Faltam palavras, não consigo fazer nada que não seja te olhar.

- O gato comeu sua língua? – você pergunta rindo – sinceramente eu espero que não, porque hoje eu quero essa língua e todo o resto do pacote.

Neste momento você vem em minha direção, deixa a garrafa na mesa, senta-se no meu colo e pela primeira vez nossos lábios se encontram por completo.

Lábios macios, uma boca doce, o encaixe vindo aos poucos. Te abraço pela cintura e te envolvo.

A cena como um todo parece visual de filme. As luzes das velas iluminando nossos corpos de forma perfeita, na medida certa.

Nos beijamos até o fôlego quase acabar. Paramos para recuperar o ar e trocamos olhares.

- Você não sabe o quanto sonhei com este teu beijo – falo para ti.

- Ah, eu sei bem. Mas fique tranquilo, que essa vontade era mútua. Você que não sabe o quanto eu tive que me conter para não te beijar antes. Mas não era hora. Pelo menos não até agora – responde, antes de voltar a se jogar nos meus braços.

- A hora que foi me receber só de bermuda e mais nada, a água caindo no seu corpo, eu tive que me conter para não te atacar ali mesmo, para não estragar meus planos – você comenta antes de voltar a me beijar.

Retribuo o beijo, sem esconder um sorriso. A sensação de saber que tudo que estava acontecendo não era fruto da minha imaginação me faz bem. Chego a pensar em perguntar desde quando você estava interessada.

Mas desisto na mesma hora que sinto suas mãos começando a tirar minha camiseta. Você começa a brincar com meu peito nu, acariciando, arranhando de leve.

Vou ficando cada vez mais excitado e agora é sua vez de me beijar sorrindo, enquanto seu corpo já começa a ficar inquieto no meu colo. Sem interromper os beijos tiro seu sutiã deixando você sem sutiã.

Seus seios denunciam o desejo que já é nítido. Na verdade, nossos corpos nos entregam por completo. Gemidos, caricias, toques, beijos e até mesmo leves mordidas.

Tudo vai acontecendo de forma natural, sem pressa. Estamos nos descobrindo, nos conhecendo, e curtindo cada segundo dessa experiência.

Mesmo seu beijo sendo delicioso, paro de sentir seus lábios e vou descendo lentamente para seu colo e começo a usar minha língua e minha boca em seus seios.

Vou procurando entender seus sinais, suas reações para saber como te dar mais prazer, como te fazer aproveitar ao máximo.

Enquanto minha boca se ocupa, minhas mãos percorrem seu corpo, descendo lentamente pelas costas e seguindo até chegar em sua bunda, apertando de leve antes de começar a tirar sua calcinha e você me ajuda, movimentando seu corpo para me ajudar.

Quando você está nua a energia volta, todas as luzes se acendem. Isso nos pega desprevenido e você reclama que está em desvantagem, já que eu estou muito mais vestido que você.

- Não seja por isso – digo tirando você do meu colo, me levanto, fico em pé, a bermuda marcada, denunciando meu tesão por você.

Começo a me despir, olhando para ti. Seus olhares me comendo com os olhos, analisando e reparando em cada detalhe do meu corpo. Inquieta, suas mãos instintivamente começando a acariciar sua pele nua.

Removo minha boxer e fico totalmente nu.

- Espero ter acertado seu gosto – digo rindo, repetindo a frase que citou para mim mais cedo. Em seguida começo a me tocar, sempre te olhando. Um misto de tortura, de um provocando o outro, o desejo ficando a ponto de explodir.

Não consigo disfarçar minha expressão de satisfação quando percebo você se tocando mais forte, tendo prazer com suas carícias e com todo o clima criado. Você segue, até que consegue chegar ao seu ápice de prazer pela primeira vez na noite. Um gemido gostoso, seguido de você buscando o ar.

Sorrio e abro o vinho que você trouxe, mas sem servir na taça. Tomo um gole direto na garrafa e em seguida vou até você, beijando tua boca deixando que prove o sabor direto dos meus lábios.

Depois de alguns beijos com esse doce sabor alcoólico vou descendo minha boca e vou me ajoelhando no chão devagar, ficando na sua frente.

- Alguém tinha falado mais cedo que queria minha língua, não? – pergunto e tenho como resposta apenas um gemido e a cabeça balançando em aprovação.

A língua passa pelos seios, desliza por sua barriga e sigo descendo, com minhas mãos abrindo suas pernas.

Beijo devagar suas pernas, coxas e vou indo em direção a sua virilha e seguindo. Chego bem perto e sinto seu perfume natural, seu cheiro, excitada e com aquele algo mais após ter gozado pela primeira vez.

Depois de provar sua boca, provo seu outro sabor. E o gosto é perfeito. Vou indo devagar, buscando prestar atenção nos seus movimentos, nos seus gemidos.

Quero aprender onde te dar prazer, como te dar prazer. Em determinado momento suas mãos me prendem e entendo seu sinal. Começo a te devorar usando minha boca e minha língua, mas com minhas mãos acariciando seus seios.

Os gemidos aumentam o tom, e sorrio satisfeito por estar conseguindo o que quero. Continuo me deliciando com você até que sinto você gozando na minha boca.

Mais uma vez você ofegante e me divirto quando toco suas pernas e sinto elas tremendo. Meu simples toque faz você arrepiar, sensível.

Me levanto e delicadamente te puxo em minha direção, te segurando firme. Trocamos beijos, mas agora mais leves, mais calmos.

Nos olhamos e sorrimos um para o outro. Segurando em sua mão te conduzo para o quarto e coloco você na cama.

- Já volto – digo para ti, voltando rapidamente. Em minhas mãos trago o vinho e duas taças.

Sirvo o vinho e brindamos. Fico meio pensativo e você pergunta se está tudo bem. Sorri dizendo que está quase tudo bem.

Me levanto, vou até a sala e retorno ao quarto, apagando as luzes e deixando apenas a luz das velas para iluminar.

Agora a opção por essa iluminação é nossa, não externa. Uma meia luz para nos iluminar, trazer um tom diferente a nós dois.

Me deito na cama ao seu lado e voltamos a nos beijar e trocar carinhos, mas me chama atenção que a chuva não parou.

- Pelo visto você não vai embora tão cedo – comento.
- Ainda bem. Eu não paguei barato para São Pedro trabalhar nesta noite – você responde rindo.
- Já que é assim, vamos fazer valer este investimento – comento antes de nossos corpos começarem a se encaixar.

Pelo visto a madrugada será longa. Porque daqui para frente são nossos corpos e desejos que irão comandar nossas ações. Entregues um ao outro, fazendo tudo que ambos desejam........

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