Várias músicas hoje em dia traduzem meu momento de vida, o que estou sentindo. Uma delas é que mentir para si mesmo é sempre a pior mentira.
Meu mundo perdeu o colorido. Ficou mais cinza. O lado "poeta" esta junto com meu sorriso. Longe, distante.
Está sendo mais "fácil" trocar de máscaras ao longo da semana. Mesmo no trabalho, a expressão que consigo ter é serena. Não consigo sorrir, fingir que esta tudo bem.
Se possível, queria pular o fim de semana. Hibernar na sexta ao fim do expediente e acordar apenas na segunda. Porque este intervalo é o mais dolorido. A solidão grita, o vazio no peito aperta e machuca. As lágrimas caem quentes e sem aliviar a dor.
Estive muito pior. Sem chão. Querendo desistir. Felizmente isso eu consegui reverter.
Ando ausente de redes sociais porque não consigo fingir que está tudo bem. E também porque não quero pena, não quero me fazer de vítima.
Tudo que estou sentindo e sofrendo tem minha responsabilidade. Minha culpa.
Tentando viver cada dia. Tentando criar uma base para me levantar. Mas está complicado.
Não vou mentir, para mim mesmo. Tem dias que me esforço para não entrar em desespero. Para não me entregar, para não desistir. Mas tento me focar para não jogar o pouco que estou fazendo no lixo.
Mas a dor vem sendo uma companheira quase que diária. Saudades, frustração, medo. Ferida que não cicatriza. A vontade que minha vida se resumisse a 24 horas de trabalho. Enquanto a mente está focada, consigo lidar.
Mas é só ter segundos livres para o pensamento se focar no que me faz falta. Em quem eu sinto falta. Uma dor profunda no peito. Uma dor que nunca tinha sentido.
O que o futuro reserva? Não sei. A única coisa que sei é que ainda terei muitas lágrimas pela frente.
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