Você se levanta do meu colo e logo em seguida eu deixo a cama.
Realmente a bagunça é grande. Sinto minha calça lambuzada de chocolate. Imagino como você deve estar.
Me ajuda a tirar minha calça e minha boxer, me deixando completamente nu.
Você passa alguns segundos em silêncio - está tudo bem? - te pergunto.
- Sim, mas...- sua voz sai meio relutante. Estranho, pois até então você estava tão segura, confiante e tranquila.
Estico minha mão aberta para ti, que entende e coloca a sua por cima.
- A noite está ótima. Estou aproveitando cada momento. O que te preocupa? - pergunto.
- Tenho uma fantasia que queria realizar com você. Mas tenho medo do que vai achar... - tua voz sai baixinha, quase um sussurro.
- Você me conhece bem já. Confio em ti. Não sendo nada que vai tirar um pedaço meu ou que nos faça ficar preso por anos eu topo - respondo rindo, querendo te tranquilizar.
Sua mão se encaixa na minha e sinto você relaxar um pouco. Em seguida me conduz para outro cômodo.
- Já volto - diz para mim, me deixando sozinho. A curiosidade me faz tatear o ambiente para saber onde estou. A impressão é que estou no banheiro e acho isso ótimo, porque ainda sinto meu peito melado de chocolate.
Vou até o chuveiro e faço menção de abrir a torneia para tomar um banho. Mas nesse momento você entra, segura minha mão, sem deixar que eu continue.
Faço uma cara de surpresa e de forma instintiva viro meu rosto para o lado, como se tivesse te encarando sem entender o que fez, mas como estou vendado eu "erro o alvo". Percebo isso quando delicadamente vira meu rosto em tua direção.
- Antes do banho ainda vamos nos sujar um pouco mais - diz para mim de uma forma tranquila, segura, voltando ao seu ritmo da noite até então
- minha vontade de doce ainda não passou. E nem comecei a matar minha vontade de você. Então quero continuar. Mas só se você aceitar - complementa.
- Estou em suas mãos e vou ficar mais que satisfeito e realizado em realizar tua fantasia - digo.
- Assim eu fico mais tranquila. Espero que curta a experiência tanto quanto eu - você responde.
Nesse momento sinto tua língua passando pelo meu peito, subindo devagar pelo pescoço até você chegar perto do meu ouvido.
- Espero que goste desse banho de chocolate - diz no mesmo momento que molha meu corpo com o que parece ser uma calda ou chocolate derretido.
Felizmente seu fetiche não envolve nada com dor. O chocolate está frio, me arrepiando enquanto sinto o líquido escorrer pelo meu corpo inteiro nu.
- Hora de começar a matar minha fome - me diz de uma forma sensual, do jeito que você sabe que mexe comigo. Logo em seguida sinto seus lábios percorrendo cada centímetro do meu corpo. A sua boca alternando movimentos deliciosos da tua língua. Começando pelo meu pescoço, descendo lentamente pelo meu peito, passando pela barriga, indo em direção a minhas pernas, subindo pela coxa e virilha.
Sinto tuas mãos me acariciando, eu excitado demais, pulsando até.
- Perdi a conta de quantas vezes pensei nisso, de quantas vezes me toquei imaginando esta cena. Amo seu gosto, mas sempre quis saber como seria te provar com um algo a mais - você diz antes de começar a me devorar com tua boca.
Movimentos lentos, envolventes. Sem poder te ver eu me foco em te sentir, em curtir as sensações, em escutar seus gemidos abafados.
A experiência é indescritível, inesquecível. E pela sua intensidade e vontade percebo que deve estar sentindo algo parecido.
Termina de se deliciar comigo, encosto na parede, as pernas tremendo. Pergunta se esta tudo bem comigo, rindo com um tom de satisfação.
- Hora de um banho de verdade - você diz, abrindo o chuveiro. Fica bem próxima de mim, a água molhando nossos corpos enquanto nos ensaboamos, o foco maior em mim, para poder tirar o resto de chocolate que sobrou depois de mais uma bagunça tua.
Terminado o banho você me conduz para a cama, me ajudando a me secar.
- Também quero te provar com esse sabor diferente - digo a ti.
- Vai ficar para uma próxima. Hoje o chocolate acabou. Mas se quiser me provar com meu gosto natural....
Termina a frase me deitando na cama. Em seguida sinto você vindo por cima de mim. Sinto teu cheiro, levo um dos meus dedos a seu corpo e sinto como está excitada.
Você delicadamente me conduz até que minha boca possa te devorar, a te sentir você excitada, mais que o normal.
O sabor é viciante. Seu perfume envolve. Seus gemidos, seu corpo que se mexe inquieto só contribuem para que tudo seja mais intenso que o usual. De uma forma mais que deliciosa.
Chego até a ficar sem ar em alguns momentos, mas dou um jeito de recuperar meu fôlego, alternando meus movimentos, velocidade e lugares. Explorando você com minha boca, com minha língua.
Meu foco é claro. Fazer você explodir de prazer. Os teus gemidos aumentam, a voz começa a não sair. Faz menção de se levantar, querendo fugir. Não deixo e te prendo com minhas mãos.
Por tudo que aconteceu ao longo da noite você acaba ficando sem forças e se entrega. E consigo o que quero quando sinto você se contorcendo, um último gemido mais profundo antes de deitar-se ao meu lado.
Encosto em ti e me delicio em ver você sensível ao menor toque meu em seu corpo.
Conversamos um pouco, com carícias leves e beijos suaves. Mas não demora para que as coisas voltem a esquentar.
Confesso que nesta hora já esqueci totalmente que estou vendado. Subo por cima de ti e seguimos nos beijando enquanto me encaixo entre tuas pernas até que podemos estar colados um ao outro.
As línguas, as mãos, as bocas, os corpos, tudo parece estar acontecendo ao mesmo tempo. Hora em um mesmo ritmo, hora totalmente descompassado.
É algo tão intenso. Tão difícil de descrever. Na verdade desnecessário traduzir em palavras. É só sentir, aproveitar, curtir em toda sua plenitude.
Corpos suados, gemidos, toques. A mente totalmente desligada do mundo exterior. Só focada no agora. Em você. Em nós.
Um misto de querer prolongar ao máximo o que estamos sentindo com o prazer que toma conta dos nossos corpos.
Chegamos ao nosso limite. O ápice vem para ambos. E a intensidade dá lugar a falta de fôlego, os corpos arrepiados, corações batendo forte até começarmos a nos recompor.
O cansaço toma conta de nós. Você se encosta em mim e quando menos percebo já estou dormindo.
Acordo apenas no dia seguinte, já sem a venda, e me deparo com seu lindo sorriso, me abraçando em seguida e agradecendo pela noite inesquecível.
Retribuo o sorriso, feliz e agradecido por ter me proporcionado uma experiência tão gostosa e intensa em tantos sentidos.
Os olhares se cruzam. Uma sensação gostosa, leve, que serve para reafirmar sem palavras o que dissemos um ao outro.
Sempre dizemos ou ouvimos falar que não podemos mandar nas decisões de nosso coração. Nos apaixonamos por pessoas erradas, gostamos de quem não gosta de nós e deixamos de dar chance para pessoas que gostam de nós, mas que não sentimos nada. Só que o coração, apesar de importante, não pode ser o senhor da razão, por mais que sejamos ligados aos sentimentos, devemos usar a razão em muitos pontos. Digo isso porque nos últimos tempos andei conhecendo pessoas que foram especiais para mim, mas que me machucaram ou não fizeram o que espero de uma pessoa que eu queira ao meu lado. Pessoas que pelo meu coração eu poderia estar, mas a razão conflita e faz com que por mais que as vezes doa no coração, eu me mantenha firme na razão e sinta uma dor menor agora do que uma maior e mais profunda na frente. Da mesma forma, apareceram pessoas que não cheguei a me relacionar (no sentindo homem x mulher) que imaginei que pudessem ser diferentes das demais. Mulheres com personalidade, com conteúdo e não ap...
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