É estranho como a vida nos prega peças. Vivemos nossa vida no modo “automático”, deixando de valorizar tantas coisas que fazem parte de nosso dia a dia, de pessoas que convivemos diariamente e só percebemos a falta que isso faz quando não estamos impossibilitados.
Recentemente operei o joelho e por conta disso estou em casa, em fase de recuperação. E ao contrário do que achava percebo que seria muito difícil lidar com isso sozinho. Contando com atenção e carinho de algumas pessoas que eu mesmo não esperava muito.
Quem me conhece sabe do amor pela dança. Sinto falta, é obvio, mas de certa forma está “fácil” lidar com isso, pois psicologicamente já tinha me preparado para um tempo sem dançar. Mas sinto falta de poder caminhar (atividade que comecei a fazer antes da cirurgia), falta até de poder sair de casa para ir até o mercado.
Fora as outras limitações que fazem parte de uma cirurgia como essa, como dificuldades para dormir, para trocar de roupa e tomar banho. Atividades tão rotineiras, mas que hoje tem seu grau de complexidade.
Mas penso que tantas outras pessoas passam por essa dificuldade pelo resto da vida e adaptam-se. Onde é possível ver a força de vontade do ser humano, de nossa capacidade de superação.
Ainda será complicado, a fisioterapia será complicada mas para isso será necessário focar que após a recuperação poderei voltar às atividades normais, inclusive poder andar, dançar e jogar vôlei.
E acima de tudo, usar isto como um aprendizado para perceber que com dedicação, com força de vontade, posso fazer minha vida muito diferente. Posso mudar em muitos pontos e conseguir um futuro ainda melhor.
Mas enquanto isso se lembrem de dar valor a tudo que nos cerca. Nunca é demais elogiar alguém, nunca é demais expressar carinho e afeto por uma pessoa, mesmo que esta pessoa faça parte do nosso dia a dia.
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