Um conto diferente, dessa vez em uma perspectiva feminina...
Depois de muito trabalho, finalmente um tempo para mim. Férias mais que merecidas. Poder me desligar do mundo, dos problemas.
Após escolher meu destino, hora de embarcar numa longa viagem de avião, mas já estou preparada. Defino minha playlist com antecedência, com músicas para me acompanhar durante todo o trajeto. Tudo leva a crer que seja uma viagem tranquila, ainda mais em um voo vazio, durante a madrugada, mesmo com algumas conexões.
O primeiro trecho acontece sem turbulências, tanto que chego a cochilar. Um toque de leve em meu braço e uma voz distante me despertam. Acordo sonolenta, sem entender o que estão falando comigo e percebo que estou com meus fones de ouvido ligados.
Despertando aos poucos escuto a aeromoça explicar que houve um problema no sistema e que algumas passagens foram vendidas em duplicidade. E ela pergunta se posso trocar de lugar para que uma família possa ficar junta.
Aceito sem problemas e sou surpreendida quando ela me conduz para um lugar na primeira classe, com pouquíssimos passageiros. Ela explica que como não teria um lugar equivalente disponível pensando no restante da viagem, a companhia escolheu essa opção, até para se desculpar pelo inconveniente.
Procuro disfarçar, mas por dentro estou celebrando a oportunidade de começar minhas férias dessa forma.
Viagem segue e recebo uma taça de champanhe no serviço de bordo. Resolvo tirar uma foto para registrar esse momento e escuto uma voz masculina perguntando se não quero uma ajuda.
Busco o autor da frase e me deparo com um homem bem-vestido, com um lindo sorriso tímido. Aceito a ajuda e deixo que ele tire algumas fotos. Faço algumas poses mais naturais, mas aos poucos começo a olhar diretamente nos olhos dele. E percebo ele tentando disfarçar o olhar, ficando sem graça.
Confesso que muitas vezes gosto dessa sensação de estar no controle. Ainda mais quando vejo um homem que me interessa.
Questiono qual das fotos mais lhe agradou e ele cita duas. Pergunto o motivo.
- Nessa foto o seu olhar, sua expressão, te deixam mais linda do que você já é – ele fala e percebo sua face ficando vermelha, denunciando a timidez.
- Ok, e a segunda foto, o que mais gostou? – questiono olhando em seus olhos.
Com a voz envergonhada ele comenta “seus lábios estão perfeitos na segunda”.
Agradeço, sorrindo e aproveito para tocar de leve seu braço. Sua pele arrepia ao meu toque. Fico feliz de saber que ele me notou. Que gostou do que viu. E minha imaginação vai longe. E penso em como posso ficar mais perto dele.
Vejo que ele estava assistindo um filme e penso que pode ser uma oportunidade. Pergunto mais detalhes, demonstrando interesse e percebo ele se soltando um pouco mais.
- Se quiser, podemos ver juntos – ele diz, me pegando de surpresa. Espero alguns segundos fingindo pensar, só para deixá-lo um pouco ansioso, mas aceito o convite.
Fico ao lado dele e sinto de perto o seu perfume. Enquanto vemos o filme, reparo em seu rosto, em seus traços e principalmente na boca. Os lábios no formato que me chamam atenção.
Em determinado momento me assusto com uma cena e acabo apertando o braço dele. Ele sorri, dizendo que está tudo bem. Quando vejo novamente aquele sorriso fixo meu olhar no dele, reparo novamente em sua boca. Minha mão ainda eu seu braço.
Quando ele ameaça desviar o olhar, levo minha mão até seu pescoço, arranhando de leve, para ver sua reação. E ele finalmente vem em minha direção, buscando meus lábios. E que surpresa, um beijo gostoso, uma boca macia, me envolvendo.
O beijo começa leve, delicado, mas vai ganhando intensidade. O encaixa de nossas bocas, as línguas que se procuram. Em determinado momento ele me envolve pela cintura, me puxando para perto. No mesmo instante ele me solta e interrompe o beijo, ameaçando me pedir desculpas.
Olho para o corpo dele e reparo a clara excitação. Chego perto do ouvido dele e falo bem baixinho “não ouse parar o que você apenas começou”, e dessa vez eu que puxo seu rosto em minha direção, para voltarmos aos nossos beijos.
Sorrio quando sinto ele se soltando, me apertando pela cintura, me envolvendo. A limitação do espaço do avião, mesmo na primeira classe, atrapalha um pouco nossas ações. Mas a sensação está tão gostosa, perceber ele ficando mais à vontade comigo me faz não querer parar.
Quero muito mais que isso. Mas o local não ajuda, as roupas não ajudam. Mas meu tesão fala mais alto. Pego uma das mãos dele e vou guiando em direção as minhas pernas, mostrando o que quero. Aos poucos ele vai conseguindo me acariciar e os beijos servem para abafar meus gemidos.
O toque dele é gostoso. À medida que meu corpo responde ele vai entendendo como eu gosto, onde gosto. Essa mistura dos beijos, o toque, a sensação do proibido levam meu tesão literalmente às alturas.
Chego no ponto alto do meu prazer, e para não gemer alto acabo mordendo os lábios dele. Acabo me desculpando, mas um sorriso tímido me tranquiliza.
Busco me recompor após um orgasmo gostoso e acabo encostando meu rosto no ombro dele e quando menos percebo, acabo adormecendo.
Acordo horas depois, quando chegamos em mais uma conexão. Porém com um imprevisto na aeronave. Nada grave, mas será necessário aguardar algumas horas até podermos voar novamente.
Para compensar esse fato, a companhia aérea leva todos os passageiros para um hotel perto do aeroporto. E isso faz minha imaginação ir longe. A lembrança do prazer no avião, mas com a possibilidade de desfrutar com mais calma.
No momento do check-in faço questão de mostrar qual quarto estou. E não demora muito até que ele bata na minha porta. Puxo rapidamente para dentro e voltamos a nos beijar. Mas dessa vez, sem amarras, sem precisar me conter.
Percebo também ele mais solto, mais entregue. As mãos percorrendo o corpo um do outro com ansiedade, com um tesão que ficou acumulado. As roupas vão ficando espalhadas pelo quarto.
Deitamo-nos na cama, mas antes de continuarmos comento que preciso de um banho. Percebo ele ficando um pouco frustrado, mas entendendo. Chego na porta do banheiro e sorrindo pergunto a ele:
- Não quer tomar um banho comigo?
Rapidamente ele vem em minha direção. Entramos no banho e o contato daquele corpo junto ao meu é delicioso, com a água caindo em nossos corpos quentes. E agora, sem roupas, o toque dele mexe ainda mais comigo. O prazer que senti ao ser acariciada no avião consegue ser ainda melhor.
Minha voz falha. Mal consigo beijá-lo. A única coisa que consigo pedir, quase sem voz é “não pare”. Gemendo mais à vontade, acabo gozando novamente com seu toque.
Depois desse delicioso banho, voltamos para a cama. Sorrio para ele e peço que ele relaxe. Deitado na cama, tenho todo o seu corpo nu à minha disposição. E não passo vontade. Minha boca beija aquele corpo em toda sua extensão.
Passo minha língua, arranho de leve. Vou me deliciando e curtindo cada momento. Adorando vê-lo se contorcendo. Em determinando momento me posiciono entre suas pernas. Afasto e vou subindo minha boca lentamente pelas pernas, pela coxa, pela virilha. Meu olhar cruza com o dele antes que eu continue o que quero fazer.
O toque dos meus lábios o deixa louco. Ele se solta e geme gostoso de prazer. Pelo visto o desejo dele também está acumulado. Tanto que não demora muito para que ele também chegue no seu ápice.
Para minha surpresa, ele busca minha boca, começando a me beijar novamente, e aos poucos ficando bem excitado. Me surpreendo ainda mais quando ele me pergunta qual a posição que mais me dá prazer.
O fato dele estar preocupado em me satisfazer me excita. Chegando bem perto do seu ouvido, sussurro de forma detalhada o que gosto, como gosto, onde gosto.
E pelo tesão de ambos, tenho a certeza que a espera até podermos voltar ao voo será deliciosamente prazerosa......
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