Seduzir é uma arte. Algo que muitos tentam e nem todos conseguem, principalmente porque vários esquecem que a melhor parte é o jogo em si, não quem vence ou quem perde.
E cá estamos, deitados na cama, com você dormindo meus braços, encerrando uma noite onde eu achei que estava no controle, mas que encerrou de forma bem diferente.
Algo que começou numa troca de olhares. Reparei em você no momento em que escutei uma gostosa risada no meio do bar. Você estava rodeada de conhecidos / amigos, mas nossos olhos se encontraram por segundos. Tempo suficiente para eu abrir um sorriso para ti e receber o teu em retribuição.
Mais alguns olhares trocados e percebo você inquieta, conversando animadamente, mas já dançando no ritmo da banda que tocava no bar. Vou em tua direção e te convido para dançar comigo.
Chegamos na pista e a primeira música já começa a criar nossa intimidade. Inicialmente de forma lenta, os corpos ainda um pouco distantes, mas aos poucos nos aproximando.
Conduzindo e indo no seu limite, deixando que você se solte lentamente, querendo curtir a música com você. Dançar com você, para você.
A primeira música termina e faço menção de te conduzir de volta para seus amigos. Você segura levemente na minha mão e pede mais uma dança, sussurrando no meu ouvido. Tua voz me arrepia na hora, tento disfarçar e voltamos a dançar, mas agora com você bem perto, suficiente para sentir seu gostoso perfume.
A banda interrompe a música para um intervalo e te convido para tomarmos algo. Peço um vinho e sugiro um brinde a sorrisos, olhares e danças. Mais uma vez você sorri, brinda comigo e após a primeira taça pede licença para ir ao banheiro.
Demora um pouco, chego até a achar que foi embora ou voltou para seus amigos. Mas você retorna, pedindo desculpas pela demora e já rapidamente ficando bem próxima a mim, os corpos se esbarrando “sem querer”, mas cada toque demorando segundos a mais para ser desfeito.
Comento sobre seu perfume, o quanto ele é marcante, inconfundível. Você agradece e responde que o batom que está usando é similar ao perfume. Olho para seus lábios e em seguida para seus olhos, uma mão entrelaçando com a tua enquanto o braço livre envolve tua cintura, puxando você lentamente para perto.
Nossas bocas estão praticamente perto e sorrindo pergunto se o batom é tão bom quando teu perfume. Você sorri e apenas responde “experimente”.
O beijo vai no mesmo ritmo da nossa primeira dança. Lento e suave, mas aos poucos mais envolvente, mais intenso. Perdemos a noção do tempo e quando percebemos estamos praticamente sós no bar.
Pergunto se está com fome e com um olhar deliciosamente safado você responde que sim e que conhece um ótimo lugar.
Pagamos nossa conta e vamos para um motel. Ao chegar na porta você me olha e diz que apenas iremos comer algo e descansar. Sorrio e digo que não tem problema, que só estar com você nessa noite já fez minha noite ser inesquecível.
Entramos no quarto e peço algo leve para comermos. Assim que terminamos você comenta sobre estar desacostumada a dançar tanto. Tiro seus sapatos, coloco seus pés no meu colo e começo a massageá-los.
Você sorri e diz que se eu continuar você vai acabar dormindo. Respondo que não tem problema, afinal já está alimentada e agora pode descansar. Você “briga” comigo, dizendo que não quer dormir ainda. Pula no meu colo e sussurrando no meu ouvido pede “escolhe uma música para nós”.
Me levanto e enquanto vou testando algumas músicas você vem atrás de mim. Suas unhas raspando levemente meus braços e meu pescoço. Me viro buscando te beijar, mas você nega, dizendo que primeiro preciso definir a trilha sonora.
Com muito custo (por conta das suas provocações), consigo deixar uma música que combine com nosso momento. Trilha definida, você pede para ajustar a luz enquanto volta para perto da cama.
Você dança sozinha, com olhar fixo em mim, com movimentos acompanhando a música e o jogo de luzes. E percebo você “jogando comigo”. Na medida que as luzes ficam mais ao seu agrado, você retira uma peça de roupa, mas quando “erro”, você volta a se vestir, me provocando, me atiçando.
Entro no seu jogo e acerto a medida quando você fica apenas de lingerie. Com um movimento dos dedos me chama para perto de ti, meu olhar passeando por cada curva do teu corpo, por cada detalhe.
Mas quando chego bem perto, você pede para que eu busque um vinho para nós. Claro, atendo seu pedido.
Escolho algo que imagino que agrade a ambos e volto para a cama com as taças e vinho aberto. Mas você não está na cama. Me pega de surpresa, me jogando na cama.
Você olha para mim e simplesmente diz “tira” apontando para minha camisa, enquanto tira as taças e o vinho de minhas mãos.
Já sem camisa você vem por cima de mim e diz que quer muito tomar o vinho, mas com um sabor diferente. Derrama o líquido no meu peito e prova diretamente no meu corpo.
Após alguns “goles”, me levanto e trocamos beijos com o sabor do vinho forte em nossas bocas enquanto as mãos buscam deixar nossos corpos nus.
Corpos quentes, o contato pele com pele. O desejo mútuo e cada momento fluindo naturalmente. Deitamo-nos na cama e aproveitamos cada segundo da melhor forma possível.
O prazer mútuo. Querendo dar prazer. Querendo receber prazer. Até os corpos pedirem uma pausa.
Deitada no meu peito, relaxada, você comenta que já tinha reparado em mim desde a hora que entrei no bar. Que imaginava que eu dançava e por isso buscou minha atenção. E rindo conta até mesmo da demora de propósito para voltar do banheiro no bar, para me deixar ansioso.
E com um último leve e delicado beijo, você adormece enquanto eu fico relembrando uma noite intensa e inesquecível....
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