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Me siga, me deixe te conduzir

Uma proposta diferente. Apartamento com as luzes desligadas. Apenas um caminho até a sala, iluminado por velas quando você chega.

Mesa pronta, com uma garrafa de vinho, um par de velas, uma venda e um bilhete. Nele peço que tome um bom banho e volte para a sala com uma roupa confortável, lingerie ou mesmo nua. Mas essa será sua última decisão da noite. Depois, será apenas conduzida. 

Você aceita o convite e quando retorna a única diferença é o vinho aberto, servido na taça. Senta-se na cadeira e coloca a venda em seus olhos.

Depois de alguns instantes eu me aproximo sem você perceber. O calor das velas somado ao fato de você não estar enxergando faz com que você fique mais sensível. Pego a taça, tomo um gole e te beijo intensamente, o sabor dos nossos lábios misturado ao sabor do vinho.

Passo a mão pelos seus braços. Minha respiração perto do teu pescoço para depois roçar de leve meu cavanhaque em você. 

Começo a falar baixinho no seu ouvido. Sussurrando.

"Como foi seu dia. Sentiu saudades?", minha voz com tom provocativo. Minhas mãos no seu braço, sentindo-o arrepiado.

"Ah amor, está com frio? Quer que pegue uma blusa?", falo de uma fora cínica. "Pegue a taça, tome o vinho, vai ajudar a te esquentar', guiando sua mão.

"Está tudo bem com você? Parece que está um pouco inquieta. Mas estou feliz por ter aceitado o convite. Está bem cheirosa e adorei o visual que escolheu para essa noite. Mas como escrevi, agora você terá que me obedecer. Por hora a regra é que você não possa me tocar. Se quiser fazer carinhos, se acariciar, está autorizada. Mas apenas em si mesma por hora."

Me levanto e fico atrás de ti. Começo a massagear seus ombros enquanto continuo com minha voz no seu ouvido. Suspiros, leves gemidos, seu corpo inquieto na cadeira. Desço as mãos pela frente, massageando seus seios delicadamente. Bem colado a você.

"Estou adorando provocar você assim. Sentir seu corpo responder ao meu toque, a minha voz. Sentir você excitada, me querendo. Mas você sabe que te quero, não? Bem, acho que meu corpo deixa claro o que estou sentindo", digo antes de beijar e morder de leve seu pescoço,

"Minha vontade agora é deitar você na cama. Poder percorrer cada parte do seu corpo com o meu. Primeiro com as mãos, depois com a boca, com a língua. Sentir você, entregue a mim. Deixar você com o tesão a flor da pele. Querendo mais, implorando por mais. Irmos até o nosso limite. Sem restrições, sem amarras. Fazer tudo que nossa imaginação permitir. Até onde os corpos aguentarem."

Com uma voz dengosa você pede, quase implorando, para que possa me tocar. Volto a afirmar que esse não é o combinado, mas sugiro que você se acaricie. Pego uma de suas mãos e coloco em seu pescoço. Conduzo lentamente para seus seios, deixando que você possa se tocar. 

Sigo falando no seu ouvido tudo que gostaria de fazer contigo. Os encaixes que nossos corpos vão ter, o nosso contato. O desejo de fazer amor. O desejo de transar sem pudores. Suas mãos agora deixam de dar atenção aos seus seios, descendo lentamente.

"Isso amor, não se contenha. Mostre como gosta de se tocar, como gosta de ser acariciada. Estou aqui, bem de perto, observando, para poder repetir isso contigo a noite toda. Seu corpo é meu. Da mesma forma que o meu te pertence."

Pergunto se quer que pare, se quer que continue. Mas a essa altura você não consegue mais responder nada. Seu corpo quente, gemidos cada vez mais altos. Seu desejo crescendo cada vez mais. Paro de sussurrar no seu ouvido apenas para voltar a acariciar seus seios, alternando com beijos que sufocam temporariamente seus gritos de prazer.

Finalmente, consigo o que quero. Você explode de prazer com tudo que estou oferecendo. Toda a situação que estou proporcionando. Sorrindo, espero você recuperar o fôlego. Puxo a cadeira e digo para você que ainda sobrou muito do vinho.

"Fiquei com sede vendo você assim amor. Mas não quero sujar outra taça", digo isso antes de lentamente derramar um pouco em você. Minha boca vai seguindo o trajeto do vinho, percorrendo seu corpo. 

Até que peço que se ajeite na cadeira. Fico ajoelhado aos seus pés, entre suas pernas. Mais um gole do vinho e começo a usar meus lábios e minha língua em você. O calor da minha boca mesclado ao vinho ainda gelado, com você ainda vendada e sem poder me tocar. Apenas sentindo, apenas curtindo, aproveitando cada segundo.

Me deliciando com seu sabor. Com você delirando de prazer. Querendo mais e mais. Sem pressa, mas querendo ver você explodindo de tesão. Querendo deixar teu corpo tão sensível que apenas minha respiração seja suficiente para te arrepiar por completo.

E mais uma vez você explode de prazer, dessa vez na minha boca. Me levanto, com seu gosto em meus lábios. Beijo tua boca e mais uma vez sussurro no seu ouvido.

"Espero que tenha gostado da prévia. Ainda estou com muita vontade de você", digo isso levantando você da cadeira e levando até o quarto.

Daqui para frente, deixo que sua imaginação guie como será o complemento dessa noite, que está apenas começando....

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