Uma festa na praia. Aproveitando o tempo quente, com o luar brilhando, iluminando ainda mais uma noite que promete ser sensacional.
Bebidas, risadas, brincadeiras e um som de qualidade, na medida certa. Mas enquanto estou curtindo, reparo em você. Do outro lado da festa, se divertindo, mas sempre rodeada de outras pessoas. Mesmo assim, entre uma conversa e outra, meu olhar sempre te procura.
Conforme as horas passam, a festa começa a ficar ainda mais cheia. Tão cheia que em determinado momento não consigo mais te encontrar. Procuro em volta da pista, nas mesas, no bar. Nada. Suspiro um pouco frustrado, mas resolvo voltar a curtir a festa.
Em determinado momento alguém esbarra em mim, me fazendo derrubar toda bebida na minha camisa e reparo em quem foi. Você, que tinha sumido na festa, ali, a centímetros de mim. Me pede várias desculpas, mas sorrio, deixando claro que não foi nada demais, tentando te deixar mais calma.
Ainda com um pouco de vergonha você pega em minha mão, me puxando para ao bar, dizendo que vai me pagar outra bebida. Deixo que me guie, mas dou uma leve risada e te relembro que estamos em um lugar onde não precisamos pagar.
Chegamos ao bar e nossas mãos agora se encontram entrelaçadas. Olho para você, te admirando, tentando "ler" sua expressão. Quando me pergunta o que tanto olho, nada digo. Apenas fixo meu olhar nos seu profundamente e sorrio.
Com o rosto levemente corado, você tenta mudar o foco e me pergunta onde eu estava, dizendo que eu tinha sumido na festa. De uma forma bem baixinha, chega a perguntar até se eu estava com alguém. Não me contenho e acabo dando uma risada que te deixa chateada. Ao perceber isso, seguro suas mãos e explico que passei horas te procurando. Nesse momento seu olhar muda, a aparência fica mais calma, mais tranquila.
Do nada, o DJ muda a seleção musical, colocando um som ótimo para dançar a dois. Nos olhamos quase que no mesmo instante, deixando claro a intenção de convidar um ao outro para dançar. Rimos dessa sincronia, largamos os copos e vamos para a pista.
Começamos a emendar uma música na outra. Até um momento que perdemos a conta de quanto tempo estamos dançando. A melodia embalando nossos corpos, a Lua iluminando a pista, os corpos encaixados, curtindo cada segundo.
Mas seguindo o padrão de uma típica noite de verão, uma chuva começa a cair. Nada muito forte, mas suficiente para afastar as pessoas da pista. Procuro seu olhar e percebo que nenhum dos dois deseja que esse momento acabe. Vendo que estamos na pista, o DJ segue colocando mais músicas.
Tiro minha camisa, ensopada da chuva misturada com a bebida de mais cedo e jogo longe. E reparo no seu olhar no meu peito nu enquanto faço isso. Voltamos a dançar, ainda mais colados. As músicas agora mais lentas, mais sensuais e envolventes. A chuva molhando nossos corpos que agora já parecem um.
As roupas ensopadas moldando o corpo um do outro. A água tentando refrescar o calor dos nossos corpos juntos. Mas em determinados momentos, a sensação é que cada gota da chuva parece evaporar quando encosta em nós.
A libido ficando cada vez mais evidente. Em determinado momento nossos lábios estão bem próximos, sinto sua respiração levemente ofegante. Os corpos denunciam o desejo mútuo. Um beijo intenso acontece, daqueles de tirar o fôlego. Abraçando você forte, acaricio suas costas enquanto você retribui com suas unhas no meu pescoço e meu peito.
Esquecemos que estamos em um lugar público, sem nos importar com quem está perto. Mas felizmente a chuva aperta, de forma que se torna impossível que a festa continue. Ela termina, mas nem eu nem você queremos que a noite acabe. Saímos correndo, procurando algum lugar reservado, mas no meio do caminho passo no bar e pego uma garrafa de vinho.
Conseguimos achar um lugar onde podemos ficar mais tranquilos, mas ainda com a chuva presente. E voltamos a nos beijar, como se fosse a última coisa que vamos fazer na vida. Ambos sensíveis, curtindo cada toque, cada carícia, cada beijo, cada momento. Cada gota gelada da chuva tendo como resposta nossas mãos quentes, tocando e acariciando o corpo um do outro.
Paramos para recuperar o fôlego, mas com o tesão a flor da pele. Nesse momento a chuva começa a dar uma trégua e o luar ilumina seu corpo de uma forma única. Te deito e peço que relaxe, enquanto abro o vinho. Sinto um olhar meio frustrado, de quem acha que vamos parar o que estávamos fazendo quando me pergunta se vou beber na garrafa, já que não me viu pegando taças.
Sorrio e te beijo enquanto derramo um pouco do vinho no seu corpo nu. O toque gelado faz com que solte um leve grito e que seu corpo se arrepie todo. E minha boca começa a percorrer o caminho do líquido. Lambendo, chupando, me deliciando com o sabor do seu corpo todo, misturado ao sabor do vinho. Suas expressões me deixam tranquilo para continuar. Percebo que está gostando e que quer mais. E não deixo que passe vontade. Alterno carinhos pelo seu corpo com toques da minha boca e da minha língua. Mudo o ritmo, mudo a intensidade. Procurando aproveitar cada segundo. Procurando deixar você o mais excitada possível, testando seus limites.
Seu corpo vai entregando o prazer. Seus gemidos ficando cada vez mais gostosos e convidativos. Mal consegue falar, mas encontra forças apenas para implorar para que eu não pare. Obediente, sigo seu pedido, querendo você entregue. E você me recompensa com um orgasmo intenso, que te deixa buscando o ar, com o corpo tremendo e sensível.
Começo a acariciar seus cabelos, deixando que se recomponha, mas faço questão de mostrar que a garrafa de vinho não chegou nem na metade, ou seja, ainda tem muita coisa para acontecer......
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