Ao longo da minha vida vivenciei vários tipos de amores e paixões. Por pessoas que estavam ao meu lado e eu nem prestava atenção, por pessoas que
nunca tinha visto na vida. Por pessoas que apareceram uma vez só e sumiram. Por
pessoas que deixei que fossem embora.
Sem reciprocidade, às vezes de minha parte, às vezes do outro
lado. Em momentos criando algo melhor do que a realidade, em outros deixando de
dar o devido valor, minimizando o que existia. Já fugi de amores. Tive medo de me machucar e em algumas ocasiões
magoei e machuquei pessoas que não mereciam. Também já entrei de cabeça em
relações que prometiam e me machuquei muito.
Me enganei com sensações. Deixei que o medo falasse mais alto e
não quis me arriscar. Deixei que feridas levantassem um muro que não existia
quando eu era mais novo. Falava tanto de querer alguém e por várias vezes me
escondia em um muro. Fugia ao primeiro sinal de "perigo".
Hoje reconheço muito do que fiz e também do que deixei de fazer. Assumo meus medos, minhas fugas, meus receios. Bem ou mal isso me moldou. Consciente ou não é quem eu sou hoje. A insegurança
já me fez pensar em como minha vida poderia ser diferente com escolhas
diferentes das que fiz ou que foram feitas.
Se fechar e ter medo não é a melhor opção para ninguém. Permita-se
sofrer. Permita-se correr o risco. O ser humano precisa criar anticorpos. E
quando se fala de assuntos ligados ao coração, isso pode significar escolhas
complicadas. Mas que muitas vezes são necessárias para que saibamos dar valor a
quem possui sentimentos sinceros.
Permita-se ouvir conselhos de quem passou por situações assim. Mas
acima de tudo, respeite seus sentimentos e suas intuições. Tome as decisões.
Aproveite aquelas que dão certo e aprenda com as escolhas erradas. Mas procure
nunca ficar em cima do muro. Arrependimento é algo que demora a cicatrizar.
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