Você está ainda dormindo. Começo do dia, um cochilo no meio da tarde ou começo de uma noite de sono, me esperando chegar, não importa no momento.
Fico ali parado, te olhando. Respiração leve, tranquila, serena.
Me foco em seu rosto. Admiro o contorno, a expressão dele. Você ao natural. Sem maquiagem, sem adornos. Sua beleza natural.
Me sento lentamente, evitando fazer barulho. Minha mão acaricia lentamente seu rosto, tentando não te acordar.
Seus lábios abrem-se lentamente. Tiro minha mão instintivamente. Está acordada? Dormindo?
Não quero te acordar, mas por outro lado impossível não desejar teu beijo.
Me aproximo e deixo meus lábios encostarem nos teus. Apenas eu beijando, você sem reação e mesmo assim o doce sabor da tua boca me envolve.
Percebo que você se mexe na cama e seus lábios começam a me beijar. Me afasto poucos centímetros para ver sua reação, mas percebo seus olhos ainda fechados e entro no jogo.
Nos beijamos, mas neste clima de encenação, de forma que nada mais acontece além do movimento e encaixe de bocas e línguas. Beijo ficando cada vez mas gostoso, mais envolvente. A vontade de acariciar, tocar, encaixar-se sendo refreada de ambos os lados.
Beijos intermináveis. Sem a mínima vontade de terminar. Respiração mais forte, ofegantes e ainda mantendo o clima criado por nós.
Corpo quente. A sensação da entrega nos beijos conflitando com refrear a vontade do corpo.
Os beijos são cortados por leves sussurros teus. Gemidos, corpo contorcendo-se até um último beijo, mordendo meus lábios para depois relaxar na cama.
Deixo você deitada, procurando recuperar a respiração enquanto me levanto, também ofegante, depois de uma experiência e jogo deliciosamente jogado por nós. Sem vencedores, sem perdedores. Apenas algo ótimo para nós....
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