Flavinho

Depois de um dia cansativo, chega em casa não querendo nada. De mal humor, estressada e querendo que o dia acabe o quanto antes. Mas assim que entra percebe um envelope em cima da mesa, contendo dentro dele um aparelho telefônico, um cartão de hotel com o endereço e uma carta com dizeres "mais informações, apenas no quarto do hotel". Tenta ligar o aparelho, mas ele esta descarregado. Olha novamente para a carta e a letra lhe é familiar. Pega o seu aparelho pessoal, envia uma mensagem para quem você imagina que tenha deixado este envelope. "Sim, fui eu quem enviei. Mas não posso falar muito mais. Apenas convidar você a arriscar-se e ir até o hotel. Só posso dizer isso". A resposta te deixa curiosa e o cansaço é deixado de lado. Resolve ir até o endereço citado. Ao chegar lá a recepcionista te chama pelo nome, em tom de pergunta. Ao ter a resposta positiva te entrega um novo envelope e pede que abra apenas ao chegar no quarto. Você entra no elevador...

Sabe quando você tem aquela sensação que alguém está te olhando? Te observando? Seguindo seus passos? Bem, cá estou na pista de dança, relaxando, curtindo. Mas tendo estas sensações. Um convite para uma dança. Com um sorriso tímido. Até então não tinha reparado nela. A aproximação e contato sem desconfiança. A primeira dança indo da forma como estou acostumado quando nunca dancei com a pessoa. Dançando com ela, dançando para ela.  Mais tarde a convido para uma segunda dança. O mesmo sorriso, agora menos tímido. A segunda dança, sem a carga de incerteza, flui bem melhor. E a medida que dançamos , o encaixe acontece como se tivéssemos uma parceria de longa data. Melhor dizendo, como se finalmente duas metades estivessem juntas. Pensar? Mente desligada, corpo agindo no automático. Livres. Sem inibições. Com esta liberdade, o corpo fica sensível. Reage rapidamente. Um retorno com mão no pescoço faz o braço se arrepiar. O perfume mexendo com os sentidos. ...

Iniciei o blog anos atrás em busca de um espaço para tirar da cabeça muitas sensações e sentimentos que mantinha preso, travados na mente e coração. Com o tempo isso foi ótimo. A sensação de estar mais leve, a melhora no meu próprio autoconhecimento. Conseguindo me entender melhor, saber o que quero e procuro para mim. Durante o tempo que tenho o blog, muitas experiências de vida. Mudanças , conquistas, decepções e derrotas. Momentos de inspiração e textos escritos com tranquilidade. Momentos com textos mais tensos.  Sempre me imaginei como um cara ligado a sentimentos, Achando que sabia o que queria em vários pontos, principalmente na vida amorosa. E depois de um tempo sem ter um namoro sério e duradouro, percebi que mais do que escolhas erradas, optei por atitudes protetoras. Colocando barreiras e defesas e pulando fora de relações sem tentar realmente. Ao menor sinal de problemas, que algo poderia dar errado, meu sub-consciente criava situações ou posições que ...